O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) revogou a prisão preventiva de Cleydson Cardoso Costa Filho, denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado no caso do atropelamento de um corredor na orla de Salvador.
A decisão foi proferida pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que destacou a ausência de antecedentes criminais do acusado como motivo para afastar a necessidade de prisão. Apesar da revogação, o magistrado estabeleceu medidas cautelares rigorosas para garantir a ordem pública e o andamento do processo.
Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal em juízo, recolhimento domiciliar noturno, em finais de semana e feriados, proibição de frequentar bares e festas, suspensão da permissão para dirigir, impedimento de sair da comarca e proibição de contato com a vítima ou testemunhas.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recorreu contra a decisão nesta terça-feira (16), argumentando que Cleydson já possui pelo menos três infrações por excesso de velocidade. O acusado foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado, com dolo eventual, por colocar em risco outras pessoas e dificultar a defesa da vítima.
O atropelamento ocorreu durante um treino coletivo no bairro da Pituba, em 16 de agosto. O corredor Emerson Pinheiro teve uma das pernas amputadas após ser atingido pelo veículo, que ainda colidiu com um poste e derrubou uma barraca. A vítima foi socorrida e passou por cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE).
O caso será julgado pelo Tribunal do Júri, conforme decisão judicial. Cleydson Cardoso teve a prisão em flagrante convertida em preventiva no dia 17 de agosto, após audiência de custódia, e foi exonerado do cargo de secretário parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
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