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Laudo oficial conclui que Maluf pode cumprir pena na Papuda



Um laudo oficial elaborado pelo Instituto MÊdico Legal (IML) do Distrito Federal concluiu que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) pode cumprir pena no presídio da Papuda, em Brasília. O documento foi elaborado a pedido da Vara de Execuçþes Penais (VEP), após o deputado ser internado em um hospital particular de Brasília.

Apesar da conclusão, Maluf ganhou o direito à prisão domiciliar, conforme decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi condenado pela Corte a sete anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro. O documento foi elaborado por determinação da juíza Leila Cury, titular da VEP, em função de o deputado ter sido levado, na semana passada, diretamente para um hospital privado, quando o procedimento adotado para os demais detentos que passam mal dentro do presídio Ê a remoção para uma unidade de pronto-atendimento (UPA).

De acordo com o laudo, o tratamento de Maluf poderia ser feito dentro do presĂ­dio apĂłs o deputado receber alta. “Periciando internado com quadro de orteoartrose avançada em coluna lombar, a qual nĂŁo se configura doença grave, e, no momento, com quadro de lombociatalgia agudizada limitando deambulação, com previsĂŁo de alta apĂłs melhora do quadro ĂĄlgico. PoderĂĄ cumprir pena em estabelecimento prisional apĂłs alta hospitalar, mantendo acompanhamento ambulatorial especializado conforme consta na discussĂŁo.”, diz o laudo.

Em ofĂ­cio enviado ao ministro Toffoli, a juĂ­za tambĂŠm questionou o fato de Paulo Maluf ter sido levado para sua casa em SĂŁo Paulo e perguntou ao ministro se houve autorização para a viagem. A magistrada entendeu que a resposta ĂŠ necessĂĄria para saber se “houve prĂĄtica de fuga” ou “abandono do regular cumprimento da pena”, o que acarretaria a imediata expedição de mandado de prisĂŁo.

Leila Cury tambĂŠm afirmou que a transferĂŞncia impede a fiscalização do cumprimento da prisĂŁo domiciliar. “Por nĂŁo ter comparecido Ă  audiĂŞncia admonitĂłria, Paulo Salim Maluf nĂŁo foi advertido das condiçþes em que deveria cumprir a respectiva pena na modalidade autorizada liminarmente por Vossa ExcelĂŞncia e, assim, restou impedida a efetiva fiscalização, por esta VEP/DF, por meio da colocação de tornozeleira eletrĂ´nica, comumente utilizada nesta capital em presos que fazem jus Ă  prisĂŁo domiciliar humanitĂĄria.”

Na decisĂŁo proferida na Ăşltima quarta-feira (28), Dias Toffoli entendeu que exames protocolados pelos advogados do deputado mostram que Maluf passa por graves problemas de saĂşde e nĂŁo pode continuar na prisĂŁo.

“A notĂ­cia divulgada na manhĂŁ desta quarta-feira de que ele foi internado Ă s pressas em hospital no fim da noite passada, por complicaçþes no seu estado de saĂşde, corroboram os argumentos. trazidos Ă  colação pela defesa, bem como reforçam, pelo menos neste juĂ­zo de cognição sumĂĄria, a demonstração satisfatĂłria, considerando os documentos que instruem este feito, da situação extraordinĂĄria autorizadora da sua prisĂŁo domiciliar humanitĂĄria”, decidiu o ministro.

*Correio

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