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Sinjorba e ABI lançam Rede de Combate à Violência contra Imprensa

 

Foto: Divulgação

Por Líliam Cunha

Com a presença de autoridades, representantes das Polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, Centrais Sindicais, veículos de comunicação e jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e a Associação Baiana de Imprensa (ABI) lançaram, nesta terça-feira (04), a Rede de Combate à Violência contra Profissionais de Imprensa. A solenidade aconteceu no auditório da ABI e integra a programação do Dia do Jornalista, celebrado no próximo dia 7.

A criação da Rede é motivada pela escalada de ataques proferidos aos profissionais de imprensa no Brasil nos últimos anos, que colocou o país entre os mais inseguros para o trabalho jornalístico. Na Bahia o número de ataques a jornalistas também é alarmante. Apenas em 2022 pelo menos 14 jornalistas baianos foram vítimas de violência. Em 2023, até o final de fevereiro, a Bahia registrou pelo menos cinco casos de agressão, no Brasil o número total de casos registrados ultrapassa os 60.

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves destacou que o objetivo da Rede é dar visibilidade às ocorrências, promover ações de prevenção aos ataques e cobrar celeridade na investigação e punição contra os que agridem, ameaçam, intimidam ou promovam qualquer tipo de cerceamento ou impedimento ao trabalho dos jornalistas, incluindo os que se escondem atrás da internet para promover linchamento moral ou cancelamento virtual. “A intenção é garantir segurança a quem cumpre a nobre missão que lhe foi conferida pela sociedade, de ser os seus olhos junto às instituições públicas e organizações privadas”, destacou Neves.

Gerente de jornalismo da Rede Bahia, Ana Raquel Copetti destacou que “para representar a sociedade e ouvir o que a sociedade quer dizer, nós precisamos estar nos lugares, precisamos ter acesso e segurança. E só teremos segurança se atuarmos em conjunto”, avaliou a gestora.

Presente no evento Nelson Pires Neto, chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), afirmou: “Não vamos admitir que o trabalho da imprensa seja vilipendiado, agiremos tanto na prevenção, quanto no acompanhamento dos casos. A Bahia não quer ser o estado em que não se respeita os jornalistas, nós queremos estar fora destes índices”.

Entre os veículos que já aderiram a Rede de Combate à Violência contra Profissionais de Imprensa estão o Jornal Correio, Rede Bahia, Grupo Bandeirantes, Grupo A TARDE (jornal A TARDE, jornal Massa! e A TARDE FM) e Tribuna da Bahia. 

De acordo com o presidente da ABI, Ernesto Marques, desde a audiência pública realizada em janeiro, onde foi apresentada a Rede, a resposta obtida da área pública tem sido muito boa, em especial a minuta produzida pela Polícia Civil. Araújo ressaltou também a importância da participação dos sindicatos e das empresas de comunicação, como o Grupo Band e a Rede Bahia. 

“Minha expectativa é que a própria mobilização da Rede e a comunicação de sua existência já sejam um primeiro recado. Quem tiver coragem para praticar qualquer tipo de violência contra a imprensa vai precisar ter coragem para enfrentar a exposição pública e o coletivo como ele está proposto. A Rede não é só para observar, é para registrar, instaurar o inquérito, acompanhar a atuação do Ministério Público e a denúncia que for oferecida à Justiça, para que nenhum caso caia no esquecimento”, enfatizou Ernesto Marques.

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