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Trotes frequentes prejudicam atendimentos do SAMU

 

Foto: Romildo de Jesus

Por VinĂ­cius Daniel

De uma brincadeira perigosa atÊ uma causa de risco de mortes. O trote parece ser uma brincadeira leve, porÊm quando ele pþe vidas em risco e prejudica o trabalho dos atendentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), deixa de ser uma diversão e se torna um problema a ser combatido. Em Salvador, Ê frequente as vezes que ao invÊs de atender ligação referente a alguma emergência real, perdem tempo com chamadas de falsas urgências.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, no ano de 2022 foram mais de 64 mil trotes passados ao SAMU. Esse dado revelou uma mÊdia mensal de cerca de 5 mil casos. A mÊdia apresentou uma melhora jå no começo desse ano, quando a SMS divulgou que de janeiro atÊ o momento foram relatados 7 mil casos. Contudo, essa pråtica ainda precisa continuar a ser combatida.

A execução de trotes aos serviços de emergência Ê considerada crime previsto pelo artigo 266 do Código Penal Brasileiro, com pena de um a seis meses ao infrator. Menores de idade infratores tambÊm não escapam da penalização.

O Estatuto da Criança e do Adolescentes enxerga esses atos como infraçþes gravíssimas. O indivíduo que as comete deve ser encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude, onde serão aplicadas as medidas socioeducativas.

Ivan Paiva Ê o coordenador de urgência do município e diz que existem dois perfis dos praticantes desses trotes. O primeiro Ê o trote passado por crianças e adolescentes, que ligam para brincar, dizer palavrão e pelo chamado, percebe-se que não Ê um atendimento de emergência. O segundo Ê o passado por adulto, o que Ê mais maldoso por ser mais difícil de perceber se Ê trote ou não. Normalmente a pessoa liga e simula um atendimento de emergência: não estå acontecendo nada, porÊm diz que viu alguÊm se acidentar de moto, por exemplo. Nesses casos, muitas vezes, o SAMU acaba deslocando equipe para o local atoa por conta dessas brincadeiras perigosas.

“A consequĂŞncia desses trotes ĂŠ que eles ocupam as linhas telefĂ´nicas e geram uma perca de tempo atĂŠ que os telefonistas percebam que nĂŁo ĂŠ um atendimento de emergĂŞncia. E nos casos com adultos, alĂŠm dos telefonistas, ocupa o trabalho do mĂŠdico regulador (que poderia estar atendendo outra ocorrĂŞncia) e a equipe da ambulância em uma situação fictĂ­cia”, conta Ivan.

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