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O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a prisão domiciliar concedida ao ex-mÊdico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de detenção pelo estupro de 48 pacientes.

A decisĂŁo foi emitida nesta quinta-feira (22) pela 6ÂŞ Câmara de Direito Criminal, do TJ-SP,  que votou de forma unânime pela continuidade do benefĂ­cio.

O julgamento analisou pedido do MinistĂŠrio PĂşblico, que solicitou o retorno do ex-mĂŠdico para o regime fechado de prisĂŁo.

Esta nĂŁo foi a primeira vez que a defesa do condenado precisou agir para mantĂŞ-lo longe do sistema prisional. 

Em 2017, o ex-mĂŠdico viveu um vaivĂŠm entre a prĂłpria casa e a cadeia atĂŠ conseguir no final do mĂŞs de setembro um habeas corpus do ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), para cumprir a pena perto da famĂ­lia.

Na ocasião, o ministro entendeu que Abdelmassih não cometeu, no período em que esteve em prisão domiciliar, nenhum ato que quebrasse a confiança do juízo de execução penal, alÊm de não poder ser prejudicado por eventual falha do Estado ao não ter disponível tornozeleiras eletrônicas.

Lewandowski tambÊm levou em conta, em sua decisão, laudos mÊdicos assinados por profissionais do Estado. E determinou que o ex-mÊdico use a tornozeleira eletrônica tão logo o governo de São Paulo restabeleça o contrato com a empresa fornecedora do equipamento.

ENTENDA O CASO
Abdelmassih ficou conhecido como "mÊdico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual.

O primeiro caso foi denunciado ao MinistĂŠrio PĂşblico em abril de 2008, por uma ex-funcionĂĄria do ex-mĂŠdico, como foi revelado pela reportagem. Depois, outras pacientes, com idades entre 30 e 40 anos, disseram ter sido molestadas quando estavam na clĂ­nica.

As mulheres afirmam que foram surpreendidas por investidas do ex-mÊdico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente -os casos teriam ocorrido durante a entrevista mÊdica ou nos quartos particulares de recuperação. Três dizem ter sido molestadas após sedação.

Em 2010, o ex-mÊdico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela sÊrie de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por causa da prescrição de alguns crimes.

Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado.

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) iniciou um processo contra o mÊdico em 2009, logo após as denúncias, e a cassação definitiva do registro profissional saiu em maio de 2011.

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