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Câncer de estômago pode ser evitado com boa alimentação

Existe uma série de alimentos nas prateleiras dos supermercados que fazem mal à saúde. Grande parte da população sabe disso, mas insiste em manter tais produtos na alimentação diária. O alerta é: mais do que engordar, o consumo excessivo de alguns deles pode levar ao câncer de estômago. Entre os vilões estão os enlatados, os defumados, os corantes e os alimentos conservados em sal.
“Em algumas regiões brasileiras, onde os alimentos não são mantidos em geladeira e a sua conservação é ruim, a incidência de câncer de estômago aumenta de maneira significativa”, explica o oncologista Roberto Porto Fonseca, presidente do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Cancerologia e diretor da Oncomed-BH.
Ele destaca que a preocupação com a alimentação saudável deve começar desde a infância. Consumir vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras é a melhor maneira de prevenir esse tumor. “A alimentação saudável atua como proteção, porque frutas, legumes e verduras possuem vitaminas e fitoquímicos com propriedades antioxidantes, como a vitamina C, os carotenoides e os flavonoides, evitando que os nitritos dos alimentos industrializados se transformem em nitrosaminas, substâncias altamente cancerígenas”, alerta Fonseca.
sinais.
O câncer de estômago não apresenta sintomas específicos em sua fase inicial, já que os primeiros sinais podem se assemelhar a um quadro simples de gastrite.
De acordo com o oncologista, as queixas mais comuns são: sensação de peso no andar superior do abdômen depois das refeições; saciedade após ingerir pequenas quantidades de alimentos; dor e desconforto abdominal. Também podem ocorrer náuseas e vômitos, perda do apetite, indigestão, queimação, azia, diarreia, fadiga e perda de peso, entre outros. “Com a progressão da doença, sinais ou sintomas relacionados com o acometimento de outros órgãos podem aparecer, como icterícia (olhos amarelos), aumento do fígado e ascite (barriga d’água)”, explica Fonseca.
Tratamento. Ainda de acordo com ele, o tratamento do câncer de estômago depende do tipo e do estágio do tumor. “Para o adenocarcinoma, o mais comum, a cirurgia é o melhor método com intenção curativa. A radioterapia e a quimioterapia são utilizadas como modalidades terapêuticas adicionais em pacientes que apresentem maior risco de recaída, com o intuito de melhorar os índices de cura”, ressalta o especialista.
Incidência. Os tumores de estômago aparecem em quarto lugar na incidência entre os homens e, em quinto, entre as mulheres. Só no ano de 2012, estima-se que quase um milhão de novos casos tenham ocorrido em todo o mundo, o que o coloca como o quinto em incidência mundial.“É uma mudança substancial, já que, em 1975, o câncer gástrico despontava como o mais comum no mundo. Mais de 70% dos casos ocorrem em países em desenvolvimento”, afirma o oncologista.
Dicas
Medidas simples adotadas no dia a dia reduzem em cerca de 30% a chance de desenvolver um câncer de estômago. Saiba mais: Não fume O cigarro possui uma série de substâncias cancerígenas. Beba com moderação Bebidas alcoólicas não devem ser consumidas em excesso. Dieta saudável Tenha uma alimentação balanceada, com frutas e verduras. Pratique exercícios Atividade física regular diminui risco de doenças.
Bactéria pode levar a tumor Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria encontrada na mucosa que reveste o estômago humano de mais de 50% da população mundial. Normalmente, ela é adquirida ainda na infância, e a transmissão se dá via oral de pessoa para pessoa. Uma das doenças que ela pode causar é o câncer gástrico. De acordo com o Núcleo Brasileiro de Estudo para o Helicobater Pylori, a bactéria é considerada pela Organização Mundial da Saúde um carcinógeno do tipo 1 para o câncer do estômago – equivalente ao que o tabaco significa para o câncer de pulmão. “A infecção da parede do estômago pelo Helicobacter pylori pode ocasionar inflamação, que leva ao aparecimento de lesões pré-malignas.
Ela causa gastrite crônica, que, sem tratamento, evolui para gastrite atrófica e atrofia gástrica”, afirma Fonseca. O H. pylori predomina nas regiões onde o nível socioeconômico é mais baixo. Muitas pessoas são assintomáticas. Outras desenvolvem alguns sintomas, entre eles, dor ou queimação no abdômen, arrotos frequentes, náuseas, perda de apetite, inchaço e perda de peso não intencional. Outros fatores. Além do H. pylori e do consumo de alguns alimentos, outros fatores potencializam as chances de desenvolver câncer gástrico, como histórico na família e o tabagismo. Algumas doenças preexistentes, como anemia perniciosa ou pólipos no estômago, podem ser associadas com esse tipo de tumor. Fumantes que ingerem bebida alcoólica ou que já passaram por operações gástricas também estão no grupo de risco.ig

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