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Laudos apontam que os 12 mortos no Cabula foram executados



Perfuraçþes na palma da mĂŁo, nos braços e antebraços, sendo que apenas quatros dos 12 mortos tinham vestĂ­gios de pĂłlvora. Laudos cadavĂŠricos obtidos pelo jornal Correio trazem indĂ­cios de que ação policial realizada no bairro do Cabula, no dia 6 fevereiro, foi uma execução. E nĂŁo um auto de resistĂŞncia, conforme a versĂŁo da polĂ­cia. 
 
Ainda segundo a publicação, a maioria dos mortos apresentava pelo menos cincos marcas de tiros – alguns deles disparados a curta distância, de menos de 1,5 metros. Em um dos casos, as perfuraçþes em um dos suspeitos indicam que o projĂŠtil entrou na base da cabeça e saiu pelo queixo.  AlĂŠm disso, em alguns casos, foram identificados tiros que atravessaram simultaneamente antebraços e braços e um dos baleados levou um tiro na palma da mĂŁo.  
Armas e drogas que, segundo a polĂ­cia, estavam com os suspeitos
 
Uma fonte ligada ao caso, ouvida pelo jornal, afirmou que disparos desse tipo indicam que as vĂ­timas foram mortas em posição de defesa e afirmou que hĂĄ “sinais evidentes de execução”. Um perito baiano, que pediu anonimato, tambĂŠm vĂŞ indĂ­cios de execução. Sobre os disparos de cima para baixo, ele disse que “isso indica que a pessoa morta estĂĄ numa regiĂŁo mais baixa do que quem atirou”. “Isso subentende que a pessoa baleada estava deitada, agachada ou ajoelhada”, afirmou, o perito para publicação. 
 
Para Eduardo Becker Tagliarini,  presidente  do Sindicato dos Peritos Criminais de SĂŁo Paulo, o fato de corpos apresentarem perfuraçþes de tiros de cima para baixo “apenas indicam que a vĂ­tima se encontrava em nĂ­vel inferior ao do atirador, quando foi alvejada” e que isso, por si sĂł, nĂŁo atesta que houve execução. 
 
JĂĄ sobre o disparo na palma da mĂŁo de um dos mortos, ele comenta que a informação, sem a orientação do disparo e a descrição do ferimento, nĂŁo atesta tentativa de defesa, “pois ele (vĂ­tima) pode ter sido atingido na mĂŁo exatamente porque estava segurando uma arma e efetuando disparos”. Tagliarini afirmou, ainda, que 1,5 metro ĂŠ “longa distância”.
 
O caso ĂŠ investigado por meio de inquĂŠrito pelo Departamento de RepressĂŁo e Combate ao Crime Organizado (Draco), da PolĂ­cia Civil, alĂŠm de InquĂŠrito Policial Militar (IPM) e procedimento investigatĂłrio do MinistĂŠrio PĂşblico do Estado (MPE).

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