
O Presidente do Departamento de Imunoligia do Centro de Câncer M.D.Anderson da Universidade do Texas em Houston, James Allison, abriu um novo campo no tratamento do câncer, a imunoterapia, a partir de sua pesqusisa sobre as formas de estimular o sistema imune e, assim, destruir a doença. Por conta da descoberta, ele ganhou o Prêmio Louisa Gross Horwitz, que por muitas vezes já foi precursor de um Nobel. Em entrevista ao New York Times, Allison contou como foi o processo de descoberta. "Nos anos 80, meu laboratório fez trabalhos sobre as células T do sistema imunológico, que são as células de ataque, se prendem às células infesctadas com vírus e bactérias para matá-las. Essa pesquisa me levou a penssar que o sistema imune poderia ser utilizado para matar cânceres. Basicamente, propus que deveríamos parar de ns preocupar em matar diretament as células do câncer e desenvolver drogas que liberassem as células T", contou.
Segundo o pesquisador, na década de 90, sua equipe mostraram que havia uma molécula nas céluals T que, na verdade, agia como um interruptor, ou um pedal de freio, quando as células T encontram uma célula infectada. No lugar de atacar a célula, essa molécula aplica uma espécie de freio na reação imunológica. "Eu me perguntaca se poderíamos bloquear esse interruptor e manter as células T ligadas. Foi o que fizemos. Desenvolvemos um anticorpo para acionar o interruptor", destacou Allison. De acordo com ele, a invenção já funcionou em diversos tipos de câncer em ratos, e em algumas pessoas com câncer de pele. A primeira droga desenvolvida a partir disso foi aprovada nos EUA em 2011, contra melanomas metásticos avançados e não operáveis. O acompanhamneto a longo prazo de 5000 pacientes revelou que 22% sobreviveram por pelo menos 10 anos - eles teriam, sem o medicamento, de sete meses a um ano de vida.
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