Células musculares cardíacas produzidas a partir de células-tronco embrionárias humanas foram capazes de recuperar macacos que sofreram infarte induzido.
Charles Murry, professor de patologia e bioengenharia da Universidade de Washington e um dos autores da pesquisa, explicou a Revista Nature, que, juntamente a sua equipe, bloqueou a artéria coronária de sete macacos anestesiados por 90 minutos. Duas semanas após o infarte e a terapia imunossupressora, que evita rejeição nos transplantes, um bilhão de células musculares cardíacas derivadas de células-tronco embrionárias humanas foram injetadas nos macacos.
Células cardíacas derivadas de células-tronco humanas (Foto:Divulgação/University of Washington
Resultados
As células injetadas se integraram ao tecido danificado, que começou a bater em sincronia com o tecido cardíaco do animal. O método, que até agora só havia sido testado em ratos e camundongos, alcançou uma média de regeneração de 40%. Além disso, houve o aumento de vasos sanguíneos através do tecido novo.
“Os resultados mostram que nós podemos agora produzir o número de células necessário para terapia humana e obter a formação de músculo cardíaco novo em uma escala que é relevante para melhorar a função do coração humano”, afirmou Michael Laflamme, pesquisador e professor da Universidade de Washington.
A pesquisa ainda possui próximas fases para comprovar, definitivamente, que as células-tronco podem aumentar a capacidade de bombeamento do coração.
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