Foto: FĂĄbio Motta/AgĂŞncia Estado
Durante a operação Lava Jato 2, deflagrada na manhĂŁ desta sexta-feira, a PolĂcia Federal apreendeu um documento na casa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, dĂŁo indĂcios de que ele intermediava repasse de dinheiro entre empreiteiras e polĂticos. Costa foi preso na primeira etapa da operação, para evitar que destruisse provas. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso ao documento apreendido, ĂŠ uma tabela escrita Ă mĂŁo com trĂŞs colunas: “nome da empresa”; “executivo, com os responsĂĄveis das empresas” e “solução”, com o andamento da negociação. Na anĂĄlise das apreensĂľes, a PF afirma que o documento traz “Diversas anotaçþes que indicam possĂveis pagamentos para 'candidatos', podendo indicar financiamento de campanha". Ainda de acordo com a Folha, as companhias citadas sĂŁo conhecidas doadoras de campanha. Em soluçþes, aparecem frases como: "EstĂĄ disposto a colaborar. Iria falar com executivo para saber se jĂĄ ajudam em algo" e "JĂĄ teve conversa com candidato, vai colaborar a pedido do PR". A PF apura se a abreviação “PR” significa Paulo Roberto. As anotaçþes foram feitas em fevereiro, sem indicação de ano. Outro documento citado no relatĂłrio da PolĂcia Federal tem o tĂtulo "PLANILHA VALORES (Existente/Entradas/SaĂdas) a partir de 30/11/12 atĂŠ 03/06/13”, que para a polĂcia, parece ser uma 'contabilidade manual' da empresa Costa Global, cujo ex-diretor ĂŠ proprietĂĄrio. Na coluna “Entrada”, ĂŠ mencionado “primo”, apelido pelo qual ĂŠ conhecido o doleiro Alberto Youssef, que ĂŠ apontado como um dos coordenadores da organização criminosa.
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