
Feirantes da Estação da Moda de Santo Antônio de Jesus reclamaram do aumento da taxa de ocupação que, segundo relatos, saltará de R$11 e poucos centavos para R$150 a partir de janeiro de 2026, e da queda do movimento provocada pela má localização e pela divisão do espaço em setores que dificultam a circulação de clientes.
De acordo com permissionários, a feira ficou “escondida” em nova estrutura e hoje muitos visitantes não sabem onde fica a feira livre. “As pessoas que chegam aqui perguntam: ‘onde é a feira?’”, afirmou uma feirante. “Tem gente que nem sabia que a feira estava aqui agora”, completou outra.
Segundo os comerciantes, a área foi dividida em quatro espaços, com acessos separados, rampas longas e áreas sem utilização, o que teria dispersado o público e reduzido os dias de venda:
“Antes a gente trabalhava a semana toda; hoje só trabalhamos três dias.”
Eles também relataram que 12 lanchonetes dentro da área ainda não têm proprietários e que setores planejados para o agronegócio permanecem fechados e sem previsão de entrega, mantendo espaços ocupados sem uso e afastando clientes.
Os feirantes pedem mais divulgação e atuação dos vereadores e da prefeitura para reverter a perda de público. “Precisamos de divulgação. Queremos que os vereadores olhem por nós, porque estamos jogados”, afirmou um permissionário.
Em resposta, o vereador Sinho Lemos reconheceu avanços na infraestrutura, argumentando que a atual edificação substituiu barracas expostas ao sol e à chuva, e se dispôs a mediar uma reunião com a superintendência responsável pela Superintendência da Feira Livre (SUFEL) e com os feirantes para buscar alternativas. “Quero marcar uma reunião com o superintendente da SUFEL para entender de que forma podemos solucionar essas demandas e, se for o caso, buscar desconto no valor cobrado”, disse o parlamentar. Ele também propôs ações de marketing conjuntas entre prefeitura e permissionários para fomentar o fluxo de clientes no fim de ano.
Os feirantes relacionaram ainda a redução de vendas à concorrência do comércio online e ao redesenho interno do mercado, que teria criado obstáculos à circulação: “Para ter acesso aos feirantes tem que subir o acesso de cima ou circular de um lado para outro; tem barracas escondidas”, relatou uma das comerciantes.
O vereador informou que a prefeitura já tem planejamento para novos galpões, com previsão de intervenção no galpão de farinha a partir de janeiro ou fevereiro, e reforçou o convite à união entre administração e permissionários para construir “estratégias de fomento” ao comércio local. Ele afirmou estar disponível para reuniões imediatas e ofereceu apoio em nome da gestão municipal
0 Comentários