
O Hamas anunciou nesta segunda-feira (18) que aceitou a proposta de cessar-fogo elaborada por mediadores do Egito e do Catar. A informação foi confirmada por Basem Naim, alto funcionário do grupo, em publicação nas redes sociais. O plano prevê a suspensão das operações militares na Faixa de Gaza por 60 dias, além da troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
Apesar da sinalização positiva do grupo, o governo israelense ainda não se pronunciou oficialmente sobre a iniciativa. Segundo a proposta, metade dos reféns mantidos em Gaza seria libertada em troca da soltura de palestinos presos em Israel, abrindo espaço para um acordo mais amplo que possa encerrar o conflito que já dura quase dois anos.
Enquanto isso, Tel Aviv mantém a escalada militar. O Exército israelense confirmou que recebeu autorização para uma nova ofensiva na região, com o objetivo de ocupar a Cidade de Gaza, a mais populosa do território. O plano, aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, deve começar a ser executado ainda nesta semana.
A decisão aumentou a pressão internacional sobre Israel, especialmente após a morte de seis jornalistas durante bombardeios recentes, cinco deles ligados à rede árabe Al Jazeera. As operações também têm enfrentado resistência dentro do próprio país, onde setores da sociedade questionam a estratégia militar prolongada em meio às negociações diplomáticas.
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