Veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebook estão entre os itens apreendidos em uma casa de alto padrão localizada na Estrada do Coco que é atribuída a José Roberto Santos, o Nanan Premiações, e a esposa dele, Gabriela Silva. O casal está entre os 22 presos preventivamente na segunda etapa da Operação Falsas, que mira uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro fruto de rifas ilegais.
Segundo as investigações, foram movimentados cerca de R$ 680 milhões em bens e valores. O montante foi bloqueado por determinação da Justiça.
Também foram alvo da ação os influences Ramhon Dias, Franklin Reis e policial militar Lázaro Alexandre, o Tchaca, além de outros quatro militares. As diligências ocorrem em bairros da capital baiana e nas cidades de São Felipe, Juazeiro, Nazaré e Vera Cruz, onde o grupo tinha forte atuação. A reportagem tenta contato com as defesas dos suspeitos.
As apurações também apontam que os suspeitos utilizavam redes sociais para divulgar rifas de alto valor, com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização. Empresas de fachada e pessoas interpostas eram utilizadas para ocultar a origem dos valores ilícitos.
Quatro investigados são descritos como lideranças da organização criminosa teriam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas.
Constatou-se ainda que os suspeitos mantinham uma estrutura sofisticada de transações financeiras, com empresas de fachada e pessoas interpostas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente.
Policiais militares da ativa e ex-PMs apontados como integrantes do esquema ofereciam proteção, forneciam informações privilegiadas e, em alguns casos, atuavam diretamente como operadores das rifas fraudulentas.
Na primeira fase da operação, em setembro, Ramhon Dias chegou a ficar preso preventivamente no Conjunto Penal da Mata Escura, mas ganhou liberdade junto em dezembro. Em outubro, seis outros investigados foram liberados, incluindo Nanam Premiações.
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