O bispo Bruno Leonardo Santos Cerqueira, líder da Igreja Batista Avivamento Mundial, foi mencionado em um relatório da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) devido a transações financeiras envolvendo uma empresa investigada por vínculos com Wiilian Barile Agati, conhecido como “faz tudo” do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a PF, a operação envolveu a Starway Locação de Veículos, uma empresa de fachada suspeita de ser usada para lavar dinheiro do grupo criminoso. A transação, que totalizou R$ 2,2 milhões, consistiu em transferências da Igreja Batista Avivamento Mundial para a Starway, com o início das movimentações em agosto de 2021 e o encerramento em abril de 2022. “Em conformidade com os dados obtidos a partir do afastamento do sigilo bancário e fiscal, identificou-se que a Igreja realizou transferências para a Starway no valor total de R$ 2.225.000,00”, informou a Polícia Federal.
Essa investigação faz parte da Operação Mafiusi, focada em Wiilian Barile Agati e outros envolvidos no tráfico internacional de drogas. Embora o bispo não seja diretamente investigado pela operação, seu nome foi citado devido às movimentações financeiras.
William Agati, junto com outras 13 pessoas, foi denunciado por envolvimento no esquema de tráfico internacional de drogas, com foco no envio de cocaína à Europa. A investigação também está analisando possíveis crimes de lavagem de dinheiro.
O bispo Bruno Cerqueira, que possui milhões de seguidores nas redes sociais, incluindo 50 milhões no YouTube e quase 10 milhões no Instagram, ainda não foi formalmente acusado, mas a conexão de sua igreja com a empresa investigada atraiu atenção da PF e do MPF.
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