
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes acaba de conceder liminar suspendendo a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), que restringe o aborto legal resultante de estupro após 22 semanas.
Em sua decisão, Moraes diz que os efeitos da resolução estão suspensos atÊ o julgamento final da controvÊrsia e determina que o CFM seja comunicado e que forneça informaçþes no prazo de dez dias.
“ApĂłs esse prazo, dĂŞ-se vista ao advogado-geral da UniĂŁo e ao procurador-geral da RepĂşblica, sucessivamente, no prazo de cinco dias, para a devida manifestação definitiva sobre a controvĂŠrsia.”
Conforme revelou a Folha, após a publicação da resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), serviços públicos suspenderam atendimentos e hå um clima de medo e insegurança entre as equipes mÊdicas.
No Brasil, embora a lei não estabeleça um limite de idade gestacional para os abortos previstos em lei (estupro, risco à saúde da mãe e casos de anencefalia), na pråtica, a resolução do CFM impôs esse limite.
A norma chegou a ser derrubada, mas logo depois voltou a valer. A resolução do conselho proĂbe a assistolia fetal, procedimento que consiste na injeção de produtos quĂmicos no feto para evitar que ele nasça com sinais vitais.
Ele ĂŠ recomendado pela OMS (Organização Mundial de SaĂşde) e ĂŠ tido pelos protocolos nacionais e internacionais de obstetrĂcia como a melhor prĂĄtica assistencial Ă mulher em casos de aborto legal acima de 20 semanas.
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