
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) afirmaram que esforços conjuntos dos governos se concentram, no momento, em resgatar o maior número de pessoas.
Ao menos desde a Ăşltima segunda-feira (29), o Rio Grande do Sul tem sido atingido por fortes chuvas, que provocaram deslizamentos, enchentes e outras ocorrĂŞncias em ao menos 317 municĂpios.
Segundo balanço mais recente do governo gaúcho, 55 mortes foram confirmadas em decorrência dos temporais. Outras 107 pessoas ficaram feridas e mais 74 encontram-se desaparecidas. Ao todo, hå 13.324 pessoas em abrigos e ainda 69.242 desalojados.
“Isso ĂŠ o que estĂĄ registrado. Como hĂĄ situaçþes ainda sendo investigadas, esse nĂşmero [de mortos] pode crescer exponencialmente”, disse Leite em entrevista coletiva.
“Esse momento ĂŠ ainda de resgates, de chegar nos locais”, acrescentou o governador.
Resgates
As estradas do estado registram mais de 120 pontos de bloqueio, o que dificulta as operaçþes. De acordo com o ministro Paulo Pimenta, hå 32 aeronaves operando nos trabalhos de resgate da população e mais de 10 mil resgates foram realizados atÊ o momento.
“AmanhĂŁ vai ser um dia ainda fundamental para salvar vidas”, disse Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da PresidĂŞncia.
“Vamos buscar atĂŠ o Ăşltimo momento salvar todo mundo que puder ser salvo”, acrescentou. “Depois juntos vamos pensar o trabalho de reconstrução, de restabelecimento”.
Segundo as autoridades, os principais pontos de atenção se concentram na regiĂŁo metropolitana de Porto Alegre, que enfrenta a maior cheia jĂĄ registrada do lago GuaĂba, que vem recebendo volumes significativos de ĂĄgua vinda do interior do estado.
Neste sĂĄbado, o GuaĂba chegou a cinco metros, dois metros acima da cota de inundação. A regiĂŁo central de Porto Alegre e outros bairros registram inundaçþes e, em algumas localidades, milhares de pessoas precisaram ser retiradas.
Reconstrução
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que a pasta jå tem uma sÊrie de reuniþes marcadas para os próximos dias com equipes do governo estadual, para que se inicie o trabalho de planejamento da reconstrução e recuperação das regiþes atingidas.
Questionado sobre o quanto o governo federal pretende empregar nos esforços de reconstrução, o ministro Paulo Pimenta nĂŁo citou uma cifra, mas reafirmou “que nĂŁo hĂĄ um limite orçamentĂĄrio, nĂŁo hĂĄ um limite de pessoal, nĂŁo hĂĄ um limite de equipamento”.
O governador Eduardo Leite lembrou que o nĂvel dos rios gaĂşchos deve demorar para baixar e que, por isso, “vĂŁo ser muitos dias de muitos problemas ainda”. Ele frisou a necessidade de que seja elaborado um plano excepcional de reconstruçþes, com procedimentos mais fĂĄceis para a liberação de recursos.
Ele ainda agradeceu o apoio das Forças Armadas e do governo federal no socorro à população atingida.
“Todos nĂłs devemos estar a altura do que a histĂłria exige de nĂłs neste momento, como autoridades pĂşblicas, colocando de lado todas as diferenças [polĂticas]”, afirmou o governador gaĂşcho. “Quem jĂĄ foi vĂtima da tragĂŠdia nĂŁo pode ser vĂtima depois da desassistĂŞncia, da demora e da burocracia”.
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