
Em trechos da publicação, divulgados neste domingo pelo jornal italiano ‘La Stampa’, pontĂfice diz que organização “demonstrou seus limites” com pandemia e guerra da Ucrânia.
O Papa Francisco defende uma reforma da Organização das Naçþes Unidas (ONU), que, para ele, “demostrou seus limites” diante da pandemia e da guerra na Ucrânia.
As declaraçþes estĂŁo em um novo livro segundo trechos de um novo livro do pontĂfice, publicados pelo jornal italiano La Stampa neste domingo (16).
Intitulado “Peço-vos em nome de Deus. Dez oraçþes para um futuro de esperança”, o livro serĂĄ publicado na prĂłxima terça-feira (18), na ItĂĄlia.
“Quando falamos de paz e segurança em nĂvel mundial, a primeira organização em que pensamos ĂŠ a ONU e, em particular, seu Conselho de Segurança”, afirma o pontĂfice argentino em seu novo livro. “A guerra na Ucrânia destacou mais uma vez a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ĂĄgeis e eficazes de resolver conflitos”, avalia Francisco.
“Em tempos de guerra, ĂŠ fundamental afirmar que precisamos de mais multilateralismo, e um multilateralismo melhor”, acrescenta o Papa.
‘Mundo nĂŁo ĂŠ mais o mesmo’
Segundo os trechos publicados pelo “La Stampa”, o Papa acredita que “o mundo de hoje nĂŁo ĂŠ mais o mesmo” de logo apĂłs a Segunda Guerra Mundial, e as instituiçþes internacionais devem ser “fruto do maior consenso possĂvel”.
“A necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente apĂłs a pandemia, quando o atual sistema multilateral demonstrou todos os seus limites. Com a distribuição de vacinas, tivemos um exemplo claro de que Ă s vezes a lei do mais forte pesa mais que a solidariedade”, lamenta Francisco.
Por isso, o pontĂfice pede “reformas orgânicas, para que as organizaçþes internacionais recuperem sua vocação primordial de servir a famĂlia humana”.
No novo livro, Francisco tambĂŠm diz ser defensor da “segurança integral”, que consiste em garantir todos os direitos – econĂ´micos, sociais, alimentares, de saĂşde -, e que deve ser a bĂşssola que norteia as decisĂľes das instituiçþes internacionais.
O Vaticano não comentou a reprodução dos trechos do novo livro do papa. (g1)
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