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Mulher de Dom Philips diz que corpo do jornalista e do indigenista e Bruno Pereira foram encontrados

 

Dom Philips e Bruno Pereira desapareceram dentro da Terra IndĂ­gena Vale do Javari, no Amazonas, hĂĄ mais de uma semana.
Dom Philips e Bruno Pereira desapareceram dentro da Terra IndĂ­gena Vale do Javari, no Amazonas, hĂĄ mais de uma semana – Imagem: reprodução

A mulher de Dom Philips, Alessandra Sampaio, disse que o indigenista Bruno AraĂşjo Pereira e o jornalista inglĂŞs Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde domingo (5), no Amazonas, foram encontrados mortos.

De acordo com informaçþes do G1, a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras.

Na tarde deste domingo (12), Bombeiros encontraram uma mochila em Vale do Javari, na ĂĄrea onde sĂŁo feitas as buscas.

A mochila, de cor preta, tinha pertences que seriam de um dos desaparecidos como livros, notebook, meias, camisas e bermudas. O material foi encontrado por volta das 16h (horĂĄrio local) e foi encaminhado para perĂ­cia, que irĂĄ analisar se pertencem Ă  dupla, que estĂĄ desaparecida desde o dia 5 de junho.

Embarcação encontrada

Mais cedo, a UniĂŁo dos Povos IndĂ­genas do Vale do Javari (Univaja) tambĂŠm afirmou ter encontrado uma nova embarcação em ĂĄrea de busca pelos desaparecidos. Segundo a organização, a embarcação foi encontrada no sĂĄbado (11).

De acordo com o procurador jurídico da Univaja, EliÊsio Marubo, a embarcação pode pertencer ao suspeito de envolvimento no desaparecimento dos dois.

Uma nota divulgada pela Univaja neste domingo (12), tambÊm diz que a informação sobre a propriedade da embarcação ainda precisa ser confirmada pelos responsåveis pelas investigaçþes.

Bruno e Dom despareceram hĂĄ mais de uma semana na Terra IndĂ­gena Vale do Javari, no Amazonas. Eles tinham sido vistos pela Ăşltima vez ao chegarem Ă  comunidade SĂŁo Rafael. De lĂĄ, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas nĂŁo chegaram ao destino.

Ameaças

Segundo a lideranças indígenas, Bruno Pereira recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.

“Enfatizamos que na semana do desaparecimento, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, a equipe [Bruno e Phillips] recebeu ameaças em campo. A ameaça nĂŁo foi a primeira, outras jĂĄ vinham sendo feitas a demais membros da equipe tĂŠcnica da Univaja, alĂŠm de outros relatos jĂĄ oficializados para a Policia Federal, ao MinistĂŠrio PĂşblico Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International”, destacou a entidade, na segunda-feira.

Quem eram Bruno Pereira e Dom Phillips

AlÊm de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno Pereira era servidor federal licenciado da Funai. Ele tambÊm dava suporte a Univaja em projetos e açþes pontuais.

Em nota divulgada apĂłs o desaparecimento, a Funai enfatizou que “ele nĂŁo estava na regiĂŁo em missĂŁo institucional”, porque estava “de licença para tratar de interesses particulares”.

Segundo a nota da Univaja, Bruno era “experiente e profundo conhecedor da regiĂŁo, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.

Phillips e Bruno faziam expediçþes juntos na região desde 2018, de acordo com o The Guardian.

Phillips morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil hå mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, alÊm do Guardian. Ele tambÊm estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Em uma rede social, Jonathan Watts, editor do Guardian, disse, após o sumiço, que o jornal estava preocupado e procurando informaçþes sobre o colaborador.

“O Guardian estĂĄ muito preocupado e procurando urgentemente informaçþes sobre o paradeiro de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rĂĄpido possĂ­vel”, escreveu Watts.

As famílias do indigenista e do jornalista fizeram apelos pela celeridade nas buscas. A família falou sobre a angústia na espera de notícias e disse que tinha esperança que os dois tinham sofrido um acidente.

Buscas

Equipes da Marinha, ExÊrcito e Força Nacional foram enviadas à Atalaia do Norte para auxiliarem nas buscas. O Governo do Amazonas tambÊm enviou uma força-tarefa da Secretaria e Segurança Pública do Estado composta por policis civis e militares, alÊm de mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

As buscas contaram, ainda, com o apoio de voluntĂĄrios e comunitĂĄrios e indĂ­genas da regiĂŁo.

As forças de segurança usaram embarcaçþes e aeronaves nas buscas.

As informaçþes são do G1

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