"Foi horrível! Muitos tiros. Acordamos com as rajadas deles (bandidos). Depois foi eles reagindo à presença dos policiais. Ninguém conseguiu dormir. Estamos até agora aterrorizados", disse uma moradora, que preferiu não se identificar.
O relato dela é detalhado pelo tenente Raimundo Cerqueira, da Rondesp Central. Segundo ele, traficantes da localidade do Vietnã foram atacar os rivais do Loteamento Condor. "Um grupo, formado por 15 homens e liderados pelo traficante Cote, tomou de assalto dois carros, sendo que um deles, um Fiat Uno amarelo, foi roubado na própria região do Vietnã. Quando chegaram ao loteamento, eles mataram esse rapaz e trocaram tiros com os rivais, em mais uma tentativa de ocupar um ponto de venda de droga", explicou o PM, nesta manhã. O grupo de Cote também comando o tráfico na localidade de Casinhas, vizinha do Vietnã.
Segundo o tenente, uma equipe da 3° Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Cajazeiras) foi acionada para o local e foi recebida a balas pelos criminosos, que estavam em maior número. "Foi aí que nós fomos chamados para dar apoio à outra guarnição. Também fomos recebidos com muitos tiros e houve mais um confronto na região. Os bandidos conseguiram fugir e até o momento não temos informações se algum deles ficou ferido", disse.
Moradores dizem que a tragédia poderia ser maior. "Os tiros invadiram as casas. Todo mundo procurou um lugar seguro para se proteger. Eu mesmo peguei os meus filhos e fomos para debaixo da cama. Somente hoje pela manhã tivemos noção do estrago. Marcas de tiro por todo o canto, mas paredes, janelas, lataria dos carros e moto", contou outra moradora.
Sobre o crime, a Polícia Civil informou que a 2ª DH/Central investiga "a morte de um homem, não identificado formalmente, vítima de disparos de arma de fogo na noite de quinta-feira (6) na Via Regional em Águas Claras", diz nota. A autoria e motivação ainda são apuradas. A reportagem não consegui localizar os parentes da vítima.
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Policiamento foi reforçado pela manhã (Foto: Bruno Wendel/CORREIO) |
"O carro é usando para fazer o transporte dos meus funcionários. Quando chegou para deixar um dos empregados, um monte de homem armado saiu de um beco e mandou todo mundo sair. Diziam, na linguagem deles, que ia para Condor (loteamento) pra pegar os rivais", contou Jhone.
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