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Anvisa determina recolhimento de lotes da CoronaVac

 


A AgĂŞncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) determinou o recolhimento de alguns lotes da vacina CoronaVac, contra a covid-19, que foram interditados apĂłs constatação de que “dados apresentados pelo laboratĂłrio nĂŁo comprovam a realização do envase da vacina em condiçþes satisfatĂłrias de boas prĂĄticas de fabricação”.

A determinação foi anunciada nesta quarta, 22, por meio da Resolução (RE) 3.609, que determinou o recolhimento dos lotes da CoronaVac que jå haviam sido interditados de forma cautelar pela Resolução (RE) 3.425, de 4 de setembro de 2021.

No dia 3 de setembro, a agência foi comunicada pelo Instituto Butantan que o parceiro na fabricação vacina CoronaVac, o laboratório Sinovac, havia enviado para o Brasil 25 lotes na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), totalizando 12.113.934 doses, que foram envasados em instalaçþes não inspecionadas pela Anvisa.

Diante da situação, e “considerando as caracterĂ­sticas do produto e a complexidade do processo fabril, jĂĄ que vacinas sĂŁo produtos estĂŠreis (injetĂĄveis) que devem ser fabricados em rigorosas condiçþes assĂŠpticas”, a Anvisa adotou medida cautelar com o objetivo de mitigar um potencial risco sanitĂĄrio.

Em nota divulgada hĂĄ pouco, a agĂŞncia informa que, desde a interdição cautelar, avaliou todos os documentos encaminhados pelo Instituto Butantan, “dentre os quais os emitidos pela autoridade sanitĂĄria chinesa”.

“Os documentos encaminhados consistiram em formulĂĄrios de nĂŁo conformidades que reforçaram as preocupaçþes quanto Ă s prĂĄticas assĂŠpticas e Ă  rastreabilidade dos lotes”, detalha a nota.

A Anvisa acrescenta que tambĂŠm fez a anĂĄlise das documentaçþes referentes Ă  anĂĄlise de risco e Ă  inspeção remota realizadas pelo Instituto Butantan, “e concluiu que permaneciam as incertezas sobre o novo local de fabricação, diante das nĂŁo conformidades apontadas”.

Os lotes interditados “nĂŁo correspondem ao produto aprovado pela Anvisa nos termos da Autorização TemporĂĄria de Uso Emergencial (AUE) da vacina CoronaVac”, uma vez que foram fabricados em local nĂŁo aprovado pela agĂŞncia e, conforme informado pelo prĂłprio Instituto Butantan, “nunca inspecionado por autoridade com sistema regulatĂłrio equivalente ao da Anvisa”.

“Portanto, considerando que os dados apresentados sobre a planta da empresa Sinovac localizada no nĂşmero 41 Yongda Road, Pequim, nĂŁo comprovam a realização do envase da vacina CoronaVac em condiçþes satisfatĂłrias de boas prĂĄticas de fabricação, a Anvisa concluiu, com base no princĂ­pio da precaução, que nĂŁo seria possĂ­vel realizar a desinterdição dos lotes”, completa a nota.

A Anvisa concluiu tambÊm que a realização de inspeção presencial na China não afastaria a motivação que levou à interdição cautelar dos lotes, por se tratar de produtos irregulares, uma vez que não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa, por terem sido envasados em local não aprovado pela agência.

Diante a situação, ficarå a cargo dos importadores adotar os procedimentos necessårios para o recolhimento das vacinas restantes de todos os lotes que foram interditados.

A agĂŞncia enfatiza que “a vacina CoronaVac permanece autorizada no paĂ­s e possui relação benefĂ­cio-risco favorĂĄvel ao seu uso no paĂ­s”, desde que produzida nos termos aprovados pela autoridade sanitĂĄria.

Confira os lotes impactados

Segundo a Anvisa, 12.113.934 doses de lotes cujo recolhimento foi determinado pela Anvisa jĂĄ foram distribuĂ­dos. SĂŁo eles: IB: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H e L202106038.

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