Por: Divulgação/SSP-BA
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou 13 pessoas por envolvimento nas mortes de de Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva, tio e sobrinho, que foram assassinatos após tentarem furtar carne na unidade do supermercado Atakarejo, no bairro de Amaralina, em Salvador. Três dos 13 denunciados são funcionários do estabelecimento, entre eles o gerente da loja.
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (13), a promotora de Justiça Ana Rita Cerqueira Nascimento explicou os motivos que levaram a decisão de denunciar os três funcionários. Segundo ela, cabia a eles a função de entrar em contato com a polícia para relatar a tentativa de furto, o que não foi feito.
“O gerente da loja, Agnaldo, tinha hierarquicamente o poder de decisão. Cabia a ele decidir fazer a coisa mais certa e mínima que era chamar a polícia. Do encarregado Claudio a mesma coisa. Ele era encarregado por prevenção de perdas. Cabia a ele também esse poder. E o Cristiano fica muito claro nas imagens que ele toma do celular de Bruno. Só que logo depois tem seu celular de volta e liga para a amiga dizendo que precisa de R$ 700 para pagar pela mercadoria que não chegou a ser furtada porque não saiu do perímetro da loja, ou seja, houve uma tentativa de fuga. Então ele entra na extorsão e na deliberação de também participar”, explica.
O caso ocorreu no dia 26 de abril. Bruno e Yan foram levados do interior do supermercado e entregues para execução no bairro do Nordeste de Amaralina, na localidade do Boqueirão.
Em novas imagens de câmeras de segurança, divulgadas nesta terça-feira (13), Bruno Barros da Silva aparece sendo conduzido por vigilantes do estabelecimento. No vídeo, também é possível ver quando Bruno e Yan Barros são retirados da área interna do mercado, passam pela lateral e são levados a uma sala de segurança.
Oferecida à Justiça nesta segunda-feira (12), a denúncia aponta crimes de homicídio qualificado, constrangimento ilegal, extorsão, cárcere privado e ocultação de cadáver.
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