
Apesar do apelo do presidente da RepĂşblica, Jair Bolsonaro (sem partido), feito a caminhoneiros nessa quarta-feira (27), os sindicatos da categoria afirmaram Ă CNN que a greve estĂĄ mantida.
Um ofĂcio enviado ao governo federal pelo Conselho Nacional de Transportes RodoviĂĄrios de Cargas (CNTRC) confirma a paralisação para esta segunda-feira (1Âş), caso as reivindicaçþes da categoria nĂŁo sejam atendidas. O grupo sindical afirma ter 40 mil filiados em 22 estados brasileiros.
Entre as demandas dos caminhoneiros, estĂŁo uma aposentadoria especial para o setor, piso mĂnimo estabelecido para frete e fiscalização mais atuante da AgĂŞncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) tambĂŠm confirmou participação na greve. De acordo o presidente da ANTB, Jose Roberto Stringascida, a polĂtica de preço dos combustĂveis ĂŠ um fator relevante para a paralisação da categoria.
“O reajuste no preço [do combustĂvel] precisa ser no mĂnimo a cada seis meses. O ajuste semanal torna impossĂvel o trabalho dos caminhoneiros”, disse Stringascida.
O protesto dos sindicatos ocorre na mesma semana em que a Petrobras anunciou mais um reajuste de 5% no preço da gasolina. Com isso, o combustĂvel acumula alta de 13,4% em 2021. O diesel tambĂŠm serĂĄ reajustado em 4,4%.
Na tentativa de desmobilizar a greve, Jair Bolsonaro deve anunciar em breve a redução do PIS/Cofins que incide sobre o Ăłleo diesel. Segundo fontes da CNN, o ministro Paulo Guedes vem dizendo que a ideia ĂŠ “atenuar” o recente aumento no preço do diesel na bomba, e nĂŁo zerar completamente os dois impostos.
MinistÊrio classifica posição como 'isolada'
Em nota, o MinistÊrio da Infraestrutura afirmou que "não hå uma única entidade de classe representativa para falar em nome do setor", e que "que qualquer declaração feita em relação à categoria corresponde apenas à posição isolada de seus dirigentes".
"Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviårio de cargas autônomo e incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria", afirma a pasta em nota.
O ministÊrio alega tambÊm que "hå uma agenda permanente de diålogo com as principais entidades representativas da categoria por meio do Fórum do Transporte Rodoviårio de Cargas (TRC), alÊm de reuniþes constantes com lideranças da categorias".
"O restabelecimento do fĂłrum, desde 2019, tem sido o principal canal interativo entre governo e setor e qualquer associação representativa que deseje contribuir para a formulação da polĂtica pĂşblica pode requerer a sua participação para discutir eventuais temas de interesse da categoria", disse o MinistĂŠrio da Infraestrutura.
Fonte: CNN Brasil
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