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Golpistas usam cadastro no PIX para roubar dados de consumidores

 


O Pix – sistema de pagamentos eletrĂ´nicos do Banco Central – sequer começou a funcionar e os cibercriminosos jĂĄ se aproveitaram do anĂşncio da ferramenta para lançar iscas pela internet. Especialistas da Kaspersky identificaram, nesta semana, uma campanha de phishing solicitando o prĂŠ-cadastro para o sistema.


De acordo com Fabio Assolini, analista da empresa de cibersegurança, o objetivo seria coletar dados bancårios e pessoais (como senhas de conta, celular e CPF), para que os golpistas possam ter acesso a uma futura conta Pix da vítima e, assim, efetuar transaçþes em seu nome.


“O e-mail que identificamos usava o nome de um banco popular e trazia um link para que o usuĂĄrio fizesse o cadastro na conta Pix. O link em questĂŁo era direcionado a um site falso que simulava o banco e pedia que a vĂ­tima inserisse a sua senha bancĂĄria, alĂŠm do nĂşmero do celular e do CPF, que serĂŁo usados como chaves de identificação dentro do PIX”, explica o analista sĂŞnior de cibersegurança da Kaspersky.

Com previsão de entrar em funcionamento a partir do final de outubro, a nova ferramenta de pagamentos do BC tem o objetivo de trazer mais agilidade nas transaçþes bancårias.


Para isso, permitirĂĄ que clientes dos principais bancos do PaĂ­s utilizem chaves para pagamentos e transferĂŞncias (nĂŁo sendo mais necessĂĄrio informar nĂşmeros do banco, da agĂŞncia e da conta, por exemplo). Entre as chaves possĂ­veis estĂŁo o CPF (ou CNPJ) e o nĂşmero de telefone. Por isso, o interesse dos criminosos em coletar os dados.


“Recomendamos que as pessoas que queiram cadastrar as suas chaves procurem diretamente a pĂĄgina da instituição. Tenham cuidado com os convites de prĂŠ-cadastro recebidos, pois eles podem ser falsos”, alerta Assolini.


Brasileiros entre as maiores vĂ­timas de phishing


De acordo com o relatĂłrio recente publicado pela Kaspersky, os brasileiros estĂŁo entre os principais alvos de phishing no mundo. Cerca de um a cada oito usuĂĄrios de internet do PaĂ­s (13%) acessaram, de abril a junho deste ano, ao menos um link que direcionava a pĂĄginas maliciosas.


O Ă­ndice estĂĄ bem acima da mĂŠdia mundial – 8,26%, no mesmo perĂ­odo – e coloca o Brasil como o quinto paĂ­s com maior proporção de usuĂĄrios atacados.


Para se proteger dos ataques de phishing financeiros, os especialistas da Kaspersky aconselham que os usuårios tomem algumas precauçþes:


• Sempre verifiquem o endereço do site para onde foi redirecionado, endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que sĂŁo genuĂ­nos antes de clicar neles, alĂŠm de verificar se o nome do link na mensagem nĂŁo aponta para outro hyperlink;


• NĂŁo cliquem em links contidos em e-mails, SMS, mensagens instantâneas ou postagens em mĂ­dias sociais vindos de pessoas ou organizaçþes desconhecidos, que tĂŞm endereços suspeitos ou estranhos. Verifiquem ainda se sĂŁo legĂ­timos e, mesmo que comecem com ‘https‘, ĂŠ necessĂĄrio duvidar, pois muitos sites falsos podem exibir o cadeado de segurança;


• Se nĂŁo tiver certeza de que o site da empresa ĂŠ real e seguro, nĂŁo inserir informaçþes pessoais;


• Analisem cuidadosamente as URLs das pĂĄginas com formulĂĄrios que solicitam dados confidenciais. Se o endereço consiste em um conjunto de caracteres sem sentido ou a URL parece suspeita, nĂŁo finalizar o pagamento.


• Usem uma solução de segurança comprovada com tecnologias antiphishing baseadas em comportamento. Ela permitirĂĄ a identificação atĂŠ dos golpes de phishing mais recentes, que ainda nĂŁo foram incluĂ­dos nos bancos de dados antiphishing.


Fonte: Crypto ID

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