
A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus da defesa do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, e seu irmão, o empresårio Roberto de Assis Moreira, e manteve a apreensão dos passaportes deles durante sessão realizada nesta terça-feira (14). Com a decisão, Ronaldinho e Assis não podem sair do Brasil ou renovar o passaporte atÊ repararem os danos ambientais causados. Os dois foram condenados, em 2015, em um processo por dano ambiental na Justiça do Rio Grande do Sul.
As multas foram estabelecidas em ação civil pĂşblica movida pelo MinistĂŠrio PĂşblico gaĂşcho contra os dois em virtude da construção ilegal de um trapiche, com plataforma de pesca e atracadouro, na orla do Lago GuaĂba, em Porto Alegre. A estrutura foi montada sem licenciamento ambiental em Ărea de Preservação Permanente. Segundo o MP, as multas alcançavam o valor de R$ 8,5 milhĂľes em novembro do ano passado.
Durante a sustentação, o promotor de Justiça Alexandre Saltz advertiu que a famĂlia Assis Moreira mantĂŠm a prĂĄtica de descumprir decisĂľes judiciais, criando toda a sorte de embaraços e dificuldades, inclusive de natureza patrimonial. “NĂŁo ĂŠ razoĂĄvel pessoas que transitam internacionalmente, frequentando os melhores ambientes e ostentando vultoso patrimĂ´nio, disponham em conta corrente da quantia de R$ 24”, afirmou em plenĂĄrio.
Durante a sessĂŁo, o ministro Herman Benjamim ainda destacou que essa foi a primeira oportunidade em que o STJ enfrentou situaçþes dessa natureza e sustentou que “os Ădolos nĂŁo estĂŁo acima da lei”.
No fim de 2018, o MinistĂŠrio PĂşblico do Rio Grande do Sul jĂĄ tinha apreendido trĂŞs veĂculos de luxo e mais uma obra de arte na casa da famĂlia Assis, na zona Sul de Porto Alegre. Na diligĂŞncia, foram apreendidos dois veĂculos BMWs e uma Mercedes, alĂŠm de uma pintura do artista paulista AndrĂŠ Berardo. AlĂŠm destes, foram recolhidos diversos bens com valor econĂ´mico como televisores, mesas de snooker, pebolim e outros.
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