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Butantan inicia testes em humanos de pomada contra picada de aranha-marrom

Butantan inicia testes em humanos de pomada contra picada de aranha-marrom
Foto: Paulo Noronha / Flickr
O Instituto Butantan iniciou a fase de testes em humanos de uma pomada contra picada da aranha-marrom (Loxosceles). O veneno do animal pode causar necrose na pele, falĂŞncia renal e atĂŠ morte.



Segundo a Agência Brasil, o medicamento Ê a base de tetraciclina, substância usada como antibiótico. Os testes foram iniciados em Santa Catarina, estudo com grande ocorrência de picadas da aranha-marrom.



“Foi uma longa jornada de pesquisa sobre a ação da toxina atĂŠ o desenvolvimento da pomada. HĂĄ 20 anos conseguimos, pela primeira vez, isolar e fazer o sequenciamento da proteĂ­na mais importante do veneno da aranha-marrom. Com isso, estudamos os mecanismos de ação da toxina e desenvolvemos inibidores jĂĄ patenteados que poderĂŁo ser usados em estudos de estrutura e função e, eventualmente, como terapia”, disse Denise Tambourgi, pesquisadora do Instituto Butantan e do Centro de Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e DifusĂŁo (Cepids) da Fundação de Amparo Ă  Pesquisa do Estado de SĂŁo Paulo (Fapesp).



Segundo dados do MinistÊrio da Saúde, foram registrados, em 2016, 173.630 casos de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, dos quais 7.441 foram por picadas de aranhas-marrons.



O soro para picadas deste aracnĂ­deo jĂĄ ĂŠ produzido pelo Instituto Butantan. No entanto, a produção ĂŠ limitada. “SĂŁo aranhas pequenas, de no mĂĄximo trĂŞs centĂ­metros, portanto conseguimos pouco veneno e sĂŁo necessĂĄrias centenas de exemplares para se produzir o soro”, explicou Tambourgi.

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