
O Instituto Adolfo Lutz confirmou na tarde de sexta-feira (8) que Guarulhos, na RegiĂŁo Metropolitana de SĂŁo Paulo, teve o primeiro caso de macaco morto por febre amarela. A informação foi divulgada pela Secretaria de SaĂşde do municĂpio na noite de sexta-feira. O macaco morto havia sido encontrado em um pesqueiro na estrada dos Veigas, no Bairro do Marmelo, no dia 28 de novembro. A secretaria informou que, diante do diagnĂłstico positivo, deve intensificar a vacinação na regiĂŁo, alĂŠm de realizar açþes preventivas. "Especialistas do Centro de Vigilância EpidemiolĂłgica Estadual tambĂŠm virĂŁo ao municĂpio na prĂłxima semana para estudar outras medidas que deverĂŁo ser adotadas no local", salientou a pasta, em nota. Quando a morte do macaco foi notificada, a secretaria deslocou para a regiĂŁo uma equipe de profissionais. Trabalhadores e frequentadores do pesqueiro foram vacinados. Moradores do bairro foram orientados a buscar vacinas e intensificar o uso de repelentes. A necropsia do animal foi realizada por um veterinĂĄrio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que colheu o material para a anĂĄlise. De acordo com a secretaria, a vacinação contra febre amarela em Guarulhos estĂĄ disponĂvel desde o dia 28 de outubro. AtĂŠ agora foram imunizadas 134.162 pessoas. Quem encontrar algum macaco morto precisa acionar imediatamente a Defesa Civil, para a adoção de medidas zoo-sanitĂĄrias. "A orientação ĂŠ para nunca mexer no animal nem tirĂĄ-lo do local encontrado", ressalta a pasta. "Ă importante destacar que ele nĂŁo transmite a febre amarela, mas ĂŠ apenas uma vĂtima do vĂrus. Por isso, o macaco nĂŁo representa uma ameaça Ă população. Pelo contrĂĄrio, a preservação de sua vida ĂŠ fundamental para o monitoramento da doença, alĂŠm do que matar um animal silvestre ĂŠ crime". A secretaria ainda recomenda que a população "mantenha distância das matas, uma vez que as pessoas que contraĂram febre amarela no Brasil atĂŠ hoje residiam em ĂĄrea rural ou adentraram em ambientes florestais e nĂŁo eram vacinadas contra a doença". O Ăşltimo registro de febre amarela urbana no Brasil ocorreu em 1942, no Acre. Depois disso, todos os casos registrados no PaĂs foram da forma silvestre, ou seja, de pessoas que adentraram em matas ou zonas rurais com circulação do vĂrus, sem proteção.
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