Uma perseguição policial a um suspeito de roubo a um veículo, na manhã desta terça-feira, 21, causou um acidente entre um ônibus e um táxi que trafegavam pela avenida Luís Eduardo Magalhães, nas proximidades da Baixinha de Santo Antônio - sentido Paralela. Não houve registro de feridos.
Clebson Nascimento dos Santos, 31 anos, foi detido por policiais militares do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 26ª CIPM (Brotas), por volta das 11h30, logo após roubar o Fiat Strada (OUT-7681) branco, no Engenho Velho de Brotas. O carro estava sendo consertado pelo filho do proprietário, um jovem de 18 anos.
"Ele chegou por trás de mim, puxou a arma e mandou passar a chave do carro, a carteira e o relógio", contou o rapaz, afirmando que o suspeito agiu com muita naturalidade e calma.
Após a ação criminosa, Clebson desceu em direção à avenida Ogunjá e seguiu em alta velocidade pela avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), onde foi interceptado pelos PMs que faziam roda no local. Os policiais foram acionados pelo pai da vítima, um comerciante de 40 anos.
"Assim que soube, peguei meu outro carro e fui atrás. Por sorte, encontrei uma viatura parada próximo à Cresauto [concessionária de carro] e avisei. Quando os policias estavam passando o rádio [acionando outros policiais], ele passou correndo", lembrou o senhor.
Clebson fugiu, sentido BR-324, e entrou na Av. Luís Eduardo Magalhães, onde, segundo versão oficial, atirou contra a guarnição da PM. Ele abandonou o carro e tentou se refugiar em uma casa de material de construção, no bairro de São Gonçalo do Retiro. O veículo roubado não colidiu com o ônibus nem com o táxi.
Táxi foi atingido enquanto passava pela entrada da Baixinha de Santo Antônio
Prisão
Na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), Clebson revelou que só roubou por desespero e necessidade. "Saí da cadeia há sete meses, procurei emprego e não consegui. Tenho uma filha de 1 ano e 7 meses, pago aluguel, tenho que comprar o leite e a fralda", justificou, aos prantos.
Ainda segundo ele, desde que saiu do presídio, esta foi a única vez que roubou. "Não estava fazendo nada de errado, minha mulher trabalha fazendo faxina e minha mãe sempre mandava alguma coisa para a gente. Isso não é vida", lamentou. Conforme Getúlio Barbosa, coordenador do Serviço de Investigação da DRFRV, Clebson responde a sete inquéritos por roubo.
0 Comentários