A sétima condenação ocorreu no último dia 11, quando ele pegou 25 anos de prisão pela morte do fotógrafo Mauro Nunes, de 51 anos. Durante a sessão, o filho da vítima agrediu o réu com dois socos.
Em todos os casos, a defesa do vigilante discordou da pena e protocolou recursos. O advogado de Tiago pede a redução dos anos de condenação.
Além dos homicídios, a Justiça condenou o suposto serial killer a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.
O vigilante ainda possui uma condenação a 3 anos de prisão em regime aberto e ao pagamento de multa pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. Neste caso, a pena foi revertida por prestação de serviços à comunidade e pagamento de R$ 788.(G1)
O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 28 anos, enfrenta o 8º júri popular nesta quarta-feira (18), em Goiânia. Desta vez, ele responde pela morte da estudante Taynara Rodrigues da Cruz, de 13 anos, que foi assassinada com um tiro nas costas no dia 15 de junho de 2014, no Bairro Goiá.
Tiago Henrique, acusado por mais de 30 homicídios, já foi condenado por sete mortes. Preso desde outubro de 2014, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, ele também já cumpre pena por roubo e porte ilegal de arma.
A sessão desta manhã ocorrerá no 1º Tribunal do Júri, a partir das 8h30, e será presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pede que o réu seja condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O promotor de Justiça Rodrigo Féliz Bueno fará a acusação.
Segundo a denúncia, a vítima conversava com uma amiga na Praça da Bandeira, que fica na frente à escola na qual ela cursava o ensino fundamental, no Bairro Goiá, quando um motociclista chegou e atirou. O suspeito mandou a outra garota correr para também não ser baleada e ela escapou ilesa. Taynara não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O advogado de defesa de Tiago Henrique, Hérick Pereira de Sousa, disse ao G1 que o vigilante não vai comparecer ao julgamento. "Eu o convenci a não ir por causa da agressão que ele sofreu no último julgamento, quando levou um soco. Queremos evitar esse tipo de situação", destacou.
Sousa ressaltou que a defesa vai mostrar que há divergências entre a denúncia feita pelo MP-GO e na pronúncia, quando foi decidido pelo júri popular. "Na denúncia fala que o Tiago matou a Taynara por ódio e prazer. Já a pronúncia diz apenas que foi por ódio. Se há dúvidas, as qualificadoras não podem ser aceitas. Além disso, há divergências sobre a impossibilidade de defesa da vítima. Vamos demonstrar essas falhas aos jurados", ressaltou.
Condenações
No dia 16 de fevereiro, ele enfrentou o 1º júri popular pela morte de Ana Karla Lemes da Silva, de 15 anos. A adolescente foi morta no dia 15 de dezembro de 2013 com um tiro no peito, em uma rua do Setor Jardim Planalto, na capital. Ele foi condenado a 20 anos de prisão.
A segunda condenação de Tiago Henrique ocorreu no dia 2 de março pela morte da auxiliar administrativa Juliana Neubia Dias, de 22 anos, assassinada em julho de 2014. A jovem foi morta quando estava dentro do carro com o namorado e uma amiga. Os jurados também o condenaram a 20 anos de prisão.
A terceira condenação foi pela morte da estudante Ana Rita de Lima, de 17 anos, ocorrida em dezembro de 2013. O júri popular, realizado no último dia 17, o sentenciou a 20 anos de reclusão.
Em 29 de março, Tiago foi condenado pela morte da estudante Arlete dos Anjos Carvalho, de 16 anos, ocorrida em janeiro de 2014, em Goiânia. A sentença foi, mais uma vez, de 20 anos de prisão.
Já no último dia 4 de abril, o vigilante foi condenado a 22 anos de prisão pela morte da estudante Carla Barbosa Araújo, de 15 anos. A adolescente foi morta no banco de uma praça do Setor Sudoeste da capital durante uma tentativa de assalto na frente da irmã mais velha.No dia 20 de abril, Tiago foi condenado a 25 anos de prisão pela morte da estudante Bárbara Luíza Ribeiro Costa, de 14 anos, ocorrida em 18 de janeiro de 2014. Ela estava sentada no banco de uma praça, no Setor Lorena Park quando foi atingida por um tiro no peito.(G1)
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