A diretora-geral da Organização, Margareth Chan afirmou durante a 138ª Sessão do Conselho Executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizada nesta quinta-feira (28) em Genebra, na Suíça, que o Brasil tem avançado nos estudo da relação do vírus Zika com a microcefalia. “Podemos garantir que toda informação reportada pelo Brasil tem sido repassada pela OMS aos pontos focais de cada país. Todos os países estão sendo devidamente informados sobre a evolução do que está sendo feito”, disse. A diretora-geral da OMS também demonstrou preocupação em relação à rápida disseminação do vírus Zika, que já circula em 23 países das Américas Central e Latina. “As condições climáticas deste período do ano podem aumentar ainda mais a população do mosquito em muitas áreas”, comentou. Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde participou do evento por meio de videoconferência. Maierovitch apresentou o histórico do Zika no Brasil e falou sobre a identificação, pela primeira vez em todo o mundo, a possibilidade da relação da infecção pelo vírus com a ocorrência de casos de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas durante a gestação. A OMS convocará uma reunião do Comitê de Emergência para a próxima segunda-feira (01), para orientar sobre as medidas a serem adotadas para enfrentar o risco de propagação do vírus, além de discutir pesquisas que necessitam ser realizadas para esclarecer aspectos relativos à associação entre o Zika e a microcefalia. O Comitê também irá avaliar se o surto constitui uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII).
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