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Mesmo com escolta da PM, ônibus ainda não circulam no 3º dia de greve



                                                        População aguardam ônibus nos pontos (Foto: Louise Lobato)
Apesar da promessa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de disponibilizar a Polícia Militar para escoltar os motoristas de ônibus que não aderiram ao movimento grevista, nenhum ônibus saiu das garagens para circular na manhã desta quarta-feira (28).




Na segunda-feira (26), o TRT determinou que uma frota mínima com 70% dos ônibus circulasse por Salvador nos horários de picos. Caso a decisão não seja cumprida, o sindicato da categoria deverá pagar multa diária de R$ 100 mil. Porém, o trabalhador que foi para a rua na manhã de hoje vai ter que se contentar com os micro-ônibus da frota complementar, vans do transporte alternativo e caronas.


Motoristas dissidentes da BTU chegaram a ir para a garagem da empresa, mas desistiram de trabalhar e foram embora (Foto: Louise Lobato)


Segundo o major Saulo da Rodesp Atlântico, a equipe chegou na garagem da empresa BTU às 5h para auxiliar o trabalho dos motoristas, mas os motoristas que estavam no local acabaram desistindo de sair com os coletivos. 

A PM informou que vai aguardar orientação do comandante do batalhão antes de sair da porta da garagem. Já o gerente da BTU, João Barbosa, confirmou que o grupo dissidente foi embora e que a garagem vai continuar aberta para quem quiser ir trabalhar. 


Equipes da Rondesp Atlântico foram para a garagem da BTU, mas motoristas não quiseram sair
ImpasseNa tarde de segunda-feira (26), o Sindicato dos Rodoviários anunciou que havia aceitado a proposta feita pelos patrões das empresas de transporte urbano de Salvador - 9% de aumento no salário e no ticket alimentação, além da redução da carga horária de 8h para 7h. A categoria mantinha estado de greve e estava planejando uma paralisação nesta terça-feira (27). Alguns trabalhadores ficaram descontentes com o acordo e decidiram interromper as atividades.
Os rodoviários infelizes com o acerto fizeram duas fileiras de ônibus na frente do sindicato onde foi feita a assembleia, congestionando o trânsito na região na região da Sete Portas. Eles também paralisaram atividades nas estações Pirajá e Mussurunga, no bairro da Ribeira e no final de linha de São Caetano. 

Após ser chamado de “traidor” por membros que não aceitaram o acordo fechado por ele com a prefeitura e o sindicato patronal, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, voltou atrás. Ele disse que vai negociar com os patrões e aderiu às reivindicações dos rodoviários.

Grupo de acompanhamento
A reunião desta terça-feira (27) resultou na criação de um grupo de acompanhamento e ação formado por representantes da SSP, Secretaria Municipal de Urbanismo e Transportes e Setps, que se reunirá sempre às 9h no Palácio Thomé de Souza, até o fim da greve. Esse grupo vai avaliar os rumos do movimento e tomar as medidas necessárias para garantir, dentro do que determinou o TRT, a prestação do serviço de transporte público na cidade.
*Correio