Pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) devem controlar a sua pressão arterial, praticar atividade física com frequência e seguir uma alimentação semelhante à dieta do Mediterrâneo para que reduzam o risco de sofrer um novo derrame. Essas são algumas das recomendações presentes nas novas diretrizes da Associação Americana do Coração sobre o assunto, que não eram atualizadas desde 2011. O documento foi publicado nesta quinta-feira no periódico Stroke. Os itens acrescentados nas novas diretrizes incluem, por exemplo, que os pacientes que tiveram um derrame passem por exames que detectem obesidade, diabetes e apneia do sono. Isso porque estudos recentes reforçaram a relação entre esses problemas e o risco de AVC. A Associação também inclui a prática de alguma atividade física aeróbica de intensidade média ou alta, como caminhada rápida ou uma aula de bicicleta, entre três e quatro vezes por semana como forma de diminuir o risco de um novo derrame. "Pesquisas recentes estão revelando novas e melhores maneiras de proteger pacientes que sofreram um AVC contra outros eventos e mais danos cerebrais", diz Walter Kernan, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e chefe do grupo que elaborou as novas diretrizes. A Associação Americana do Coração considera que controlar a pressão arterial com frequência é a principal forma de prevenção de um segundo derrame, cerca de 70% dos pacientes que sofrem AVC têm pressão alta. Além do controle da pressão sanguínea, outras formas de prevenção do AVC que já estavam presentes nas diretrizes passadas foram mantidas, entre elas, manter um peso saudável e níveis de colesterol adequados. A entidade ainda sugere que pessoas, após o AVC, adotem uma dieta semelhante à do Mediterrâneo, que contém grandes quantidades de frutas, legumes, peixes e oleaginosas. Pesquisas recentes já apontaram diversos benefícios desse tipo de alimentação, incluindo proteção ao coração.
Brasil: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo e no Brasil. Entre as enfermidades do sistema cardiovascular, a mais fatal aos brasileiros de ambos os sexos é o AVC: segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, cerca de 100 000 pessoas morreram devido à doença em 2011. Recentemente, a Associação Americana do Coração lançou diretrizes inéditas para reduzir o risco de derrame cerebral entre mulheres. As recomendações abrangem fatores específicos do sexo feminino, como o uso de anticoncepcional e riscos na gravidez.
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