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Manicure torturada e morta roubou R$ 27 mil de bandido

A manicure Ane Kelly Santos, de 26 anos, que foi sequestrada, torturada por quatro pessoas e assassinada em São Paulo, furtou R$ 27 mil de um bandido da vizinhança, segundo a Polícia Civil. Inicialmente o motivo divulgado foi que a manicure teria roubado alimentos. Segundo o delegado Itagiba Franco, Jacson Nunes Pereira, de 21 anos, guardava a quantia em casa que vinha sumindo.

Ele desconfiava de trĂŞs pessoas:  sua namorada, Renata Fonseca da Silva, de 27 anos; o seu amigo Valmir Lima de Oliveira, tambĂŠm de 27; e de Ane Kelly, a vizinha manicure que fazia faxinas esporĂĄdicas em sua casa. A manicure, no entanto, era sua principal “suspeita”.

O prĂłprio Jacson mesmo confessou que o dinheiro ĂŠ proveniente de roubos de motos e carros e de mĂĄquinas caça-nĂ­queis. 

Pereira notou que, nas Ăşltimas semanas, Ane Kelly fazia compras incompatĂ­veis com sua renda, como uma televisĂŁo. Em depoimento, Pereira afirmou que ela roubou todo o dinheiro que ele guardava. “A gente trabalha para conseguir as coisas”, disse, em depoimento. A primeira informação divulgada pela polĂ­cia era que a manicure havia sido linchada por roubar alimentos.

VĂ­deo
Pereira levou os trĂŞs para um barraco usado por usuĂĄrios de droga da regiĂŁo. A ideia era matar todos que estivessem envolvidos no roubo. Na primeira coronhada, a manicure teria confessado. 

EntĂŁo, Pereira, seu amigo, a namorada e um adolescente que estava usando drogas no local tentaram enforcĂĄ-la, furaram um de seus olhos com um garfo, a queimaram, atiraram com um revĂłlver em seu pĂŠ e martelaram o dedĂŁo de um dos pĂŠs. Depois, jogaram sal nos ferimentos. “O vĂ­deo ĂŠ de uma selvageria e maldade tĂŁo grandes que ĂŠ difĂ­cil suportar que um ser humano faça isso com outro”, disse o delegado Franco.
“Ele (Pereira) disse que ficou ainda mais irritado com Kelly porque ela nĂŁo chorou durante a tortura. Ela apenas pediu para que nĂŁo a matassem.” A manicure foi levada atĂŠ uma vala que Pereira teria cavado antecipadamente. No vĂ­deo, ela deita dentro da cova e Renata diz que a moça ainda estĂĄ viva. Um dos suspeitos, entĂŁo, bate com uma enxada na manicure, que ĂŠ enterrada em seguida. A polĂ­cia aguarda exames para saber se ela foi enterrada viva. As informaçþes sĂŁo do EstadĂŁo. 

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