A incapacidade do governo brasileiro em manter as promessas feitas no mandato de Luiz InĂĄcio Lula da Silva em 2007, quando o Brasil foi selecionado para sediar a Copa, vai fazer a Fifa mudar o processo de candidatura para futuras Copas. Quem garante isso ĂŠ secretĂĄrio-geral da Fifa, JĂŠrĂ´me Valcke, que nĂŁo esconde que a experiĂŞncia no Brasil o leva a pensar que a Fifa, para as futuras Copas, deve adotar uma nova postura e exigir maiores compromissos do paĂs-sede. “Deve ser pelo menos parte do processo de candidatura que haja compromisso do paĂs em uma sĂŠrie de pontos”, declarou. Em 2007, Lula fez uma sĂŠrie de promessas e a Fifa tomou a palavra do ex-presidente como garantia. Quando os compromissos tiveram de se transformar em lei, o processo foi freado e os atrasos se acumularam. Para a Fifa, os atrasos tambĂŠm estĂŁo ligados Ă mudança de governo no Brasil, com a saĂda de Lula e a posse de Dilma, menos interessada com o futebol e tentando manter distância dos cartolas. Se Lula era considerado como aliado dentro da Fifa, a chegada de Dilma mudou a relação com a CBF e com a Fifa. O auge da insatisfação ocorreu quando Blatter enviou uma carta para Dilma se queixando de que ela nem sequer foi Ă final da Copa das Confederaçþes. “Encaramos uma eleição e nĂŁo foi fĂĄcil sair de Lula para a nova presidente. Sempre leva algum tempo para o novo governo entrar nos assuntos e tivemos tambĂŠm muitas mudanças de ministros”, disse. Segundo Valcke, uma opção ĂŠ de que haja uma decisĂŁo vinda do Poder Legislativo. “NĂŁo pode ser apenas a decisĂŁo do presidente ou de um ministro. Mas deve ser apoiado pelo senado, congresso ou assembleia nacional.” (EstadĂŁo)
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