Os dispositivos móveis com sistema operacional Android, do Google, foram os principais alvos de ameaças digitais no primeiro trimestre de 2014, de acordo com uma pesquisa feita pelo F-Secure Labs. Foram descobertas 277 novas famílias de ameaças e variantes, das quais 275 destinavam-se a Android, uma para iPhone e uma para Symbian.
A empresa afirma que no mesmo trimestre de 2013 foram descobertas 149 novas famílias de ameaças e variantes, sendo que 91% destinavam-se a Android.
No primeiro trimestre, também foi registrado um alto número de novos malwares para Android, indicando que o cenário de ameaças para dispositivos móveis continua se desenvolvendo com sofisticação e complexidade.
A F-Secure afirma que no período da pesquisa foi observada a primeira mineração de criptomoedas, que desvia o dispositivo à mina para moedas virtuais, como Litecoin. Também foi detectado o primeiro bootkit, que afeta os estágios iniciais da rotina de inicialização do dispositivo e é extremamente difícil de ser detectado e removido. Foram encontrados, ainda, o primeiro trojan Tor e o primeiro trojan bancário Windows migrando para o Android.
O estudo aponta que a Grã Bretanha enfrentou o maior nível de malware a dispositivos móveis, com entre 15 e 20 arquivos de malware bloqueados a cada 10 mil usuários, ou aproximadamente um em 500 usuários. Os Estados Unidos, a Índia e a Alemanha tiveram de cinco a 10 malwares bloqueados para cada 10 mil usuários. E na Arábia Saudita e na Holanda, de 2 a 5 malwares foram bloqueados a cada 10 mil usuários.
''Estes desenvolvimentos nos mostram sinais dos autores de malwares,'' disse Mikko Hyppönen, especialista em segurança cibernética e CRO da F-Secure. ''Provavelmente, veremos mais desses casos nos próximos meses. Por exemplo, celulares estão ficando mais potentes, possibilitando que criminosos cibernéticos lucrem ao usá-los como mineração para criptomoedas.''
Fonte: G1
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