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Brasil busca nono título da Copa América, contra o Peru

Jogadores brasileiros se divertem em último treino antes da final da Copa América (Raul Arboleda/AFP)
“Domingo, eu vou ao Maracanã, vou torcer para o time que sou fã, vou levar foguetes e bandeiras, não vai ser de brincadeira, ele vai ser campeão”. O samba de Neguinho da Beija Flor ilustra bem como vai ser este domingo (7). Depois de 30 anos, o Rio de Janeiro volta a ser a capital do futebol no continente Sul-Americano. A partir das 17h Brasil e Peru entram em campo, no Maracanã, em busca de um sonho: conquistar o título da Copa América. 

Para a seleção brasileira, vencer a Copa América tem uma importância histórica. Quatro dos oito títulos que o Brasil tem do torneio foram conquistados em casa. A equipe nunca deu brecha aos adversários e levou a melhor todas as vezes em que foi sede fixa da competição. 

Além disso, o Brasil volta neste domingo a um dos principais templos do futebol mundial. Foram seis anos de espera até que a Seleção pudesse jogar outra vez no Maracanã. E a última vez foi com título nos 3x0 aplicado sobre a Espanha na final da Copa das Confederações de 2013.  

A tendência é de que o torcedor brasileiro faça uma grande festa no Maracanã, mas nem tudo são flores e existe uma dupla pressão para que o time brasileiro saia campeão hoje. 

A primeira está no jejum sem conquistas. O Brasil não levanta uma taça há seis anos. Foi exatamente na última vez em que esteve no Maraca. Na Copa América, a seca é ainda maior. Já se passaram 12 anos desde a vitória por 3x0 sobre a Argentina, na edição de 2007, na Venezuela, que marcou a última volta olímpica brasileira no torneio. 

A outra pressão está na cabeça de Tite. O desempenho ruim na Copa do Mundo da Rússia e o fraco futebol apresentado pelo Brasil após o Mundial colocaram questionamentos no trabalho no treinador. Oficialmente, a CBF banca que Tite continuará no cargo até a Copa do Mundo de 2022, no Catar. Mas perder o título em casa pode ser considerado um desastre. 

Moral e pouca tradição
Depois do início fraco na Copa América, o Brasil chega à decisão com a moral de ter vencido e convencido no clássico contra a Argentina, pela semifinal. Do outro lado, o time verde e amarelo vai encontrar um rival bem conhecido e de pouca tradição no torneio. 

Enquanto muitos apostavam em Brasil, Uruguai, Chile e Colômbia, além da própria Argentina, como possíveis finalistas, o Peru voltou a fazer história. Depois de quebrar o jejum de 44 anos sem disputar uma Copa do Mundo e ir ao Mundial da Rússia, o time liderado por Paolo Guerrero encerrou outra espera de 44 anos ao passar pelo Chile e se classificar à final da Copa América. 

Será apenas a segunda vez que os peruanos jogarão a decisão. A última vez foi em 1975, quando bateu a Colômbia em três jogos. Na campanha do primeiro título, em 1939, o torneio era disputado em turno único, sem final. O Brasil não participou desta edição da Copa América. 

A missão de surpreender os brasileiros em seus próprios domínios, também não será nada fácil. Apenas o Uruguai conseguiu a façanha de arrancar um título do Brasil em solo verde e amarelo. Na Copa de 1950, no Maracanã, e na edição da Copa América de 1983, na Fonte Nova. 

Esse ano, Brasil e Peru já se enfrentaram pela primeira fase da Copa América. Na Arena do Corinthians, em São Paulo, o resultado foi um acachapante 5x0 para o Brasil. Agora, a expectativa é por um duelo mais duro, mas com a torcida de que o Seleção possa jogar um futebol envolvente e volte a gritar ‘É campeão!’.

Correio

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