Foto: Divulgação / PolĂcia Federal |
Ă cada vez maior o nĂşmero de pessoas que quer se tratar a partir do uso medicinal da maconha. Segundo a AgĂŞncia Brasil, a percepção ĂŠ compartilhada por diversos mĂŠdicos que participam neste fim de semana da segunda edição do SeminĂĄrio Internacional "Cannabis Medicinal, um Olhar para o Futuro". Conforme os profissionais, a mudança da percepção das pessoas ĂŠ influenciada pelos avanços cientĂficos, pela cobertura da mĂdia e pela possibilidade de liberação do cultivo para fins medicinais, tema de uma consulta pĂşblica aberta pela AgĂŞncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa).
"NĂŁo hĂĄ dĂşvidas de que a demanda continuarĂĄ crescendo cada vez mais. Precisamos estar preparados para atendĂŞ-la", disse o neurologista Eduardo Faveret, diretor do Centro de Epilepsia do Instituto Estadual do CĂŠrebro Paulo Niemeyer, unidade vinculada ao governo do Rio de Janeiro. AlĂŠm da parte neurolĂłgica, os benefĂcios tambĂŠm sĂŁo percebidos na ĂĄrea ortopĂŠdica, no tratamento clĂnico e cirĂşrgico de dores crĂ´nicas e patologias da coluna vertebral.
"Pacientes tĂŞm buscado a melhora de sua qualidade de vida e procuram mĂŠdicos que possam prescrever. Tenho recebido cada vez mais pacientes que jĂĄ chegam com histĂłrico de dores refratĂĄrias a mĂŠtodos tradicionais, que foram tratados por outros mĂŠdicos sem sucesso", disse o ortopedista Ricardo Ferreira. Ele declarou que passou a se interessar pelo uso medicinal da maconha quando buscava alternativas para casos em que os remĂŠdios disponĂveis no mercado se mostravam ineficazes.
"Fui vendo que havia evidĂŞncias cada vez mais fortes do potencial do uso da cannabis para tratamento das dores crĂ´nicas. Em paĂses como a Holanda e o CanadĂĄ e em alguns estados do Estados Unidos, jĂĄ havia estudos com conclusĂľes nessa direção", completou.
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