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Salvador é uma das capitais com menor índice de fumantes, aponta pesquisa do Ministério da Saúde

                                                                 
                                                            Foto: Reprodução / EBC
Salvador é uma das capitais do país com menor índice de fumantes. É o que aponta a Pesquisa do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL/2018), do Ministério da Saúde, divulgada nesta sexta-feira (31), Dia Mundial contra o Tabaco.

Segundo o levantamento, do total de pessoas ouvidas na capital em 2018, somente 4,8% disseram usar cigarro. O Ministério da Saúde afirma que foram entrevistadas na cidade 2.030 pessoas, sendo 729 homens e 1.301 mulheres. O número de fumantes aumentou em comparação com 2017, quando a capital registrou índice de 4,1%.

Salvador aparece empatada com São Luís, que também registrou índice 4,8% de fumantes em 2018. As capitais com mais fumantes são Porto Alegre (14,4%), São Paulo (12,5%) e Curitiba (11,4%).

A Secretaria Municipal de Salvador informou que, nos primeiros oito anos da Lei Antifumo (que completa dez anos neste mês), pouco mais de 143 mil soteropolitanos pararam de fumar.

Em 2009, 11,3% da população maior de 18 anos era fumante na capital. Já em 2017, o percentual de consumidores de cigarro entre essa mesma faixa etária caiu para 4,1% – uma redução de 7,2%.

A secretaria diz que o dado é resultado das ações de conscientização da população soteropolitana, dentre elas, a do Programa Municipal de Controle do Tabagismo (PMCT) implantado em 45 unidades da rede municipal da Saúde.

O acompanhamento das pessoas que decidem participar do PMCT é feito por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, dentre outros especialistas.

O fumante participa de quatro a cinco encontros, sendo um por semana, com o objetivo de estimulá-lo a parar de fumar, seja de forma imediata ou gradativa. Além disso, será entregue ao participante cartilhas informativas, explicando o motivo da dependência e como parar com o vício.

Para os pacientes com o grau de dependência elevado, é indicado o uso de medicamentos, oferecidos gratuitamente pelo SUS.

Para realizar o tratamento de forma totalmente gratuita em Salvador, o interessado deve comparecer a um dos postos de referência da estratégia munido com o cartão SUS de Salvador e documento oficial de identificação com foto para realização da inscrição.

Na oportunidade, o paciente passará por uma entrevista para avaliar o grau de dependência. O próximo passo é a participação numa reunião em grupo com os demais participantes do Programa. Os pacientes precisam ser maiores de 18 anos.

Dados nacionais
A nível nacional, a pesquisa aponta que mais de 90% da população brasileira não tem o hábito de fumar. Em todo país, o índice de pessoas que se dizem fumantes é 9,3%. Nos últimos 12 anos, a quantidade de pessoas que fumam caiu 40% no Brasil.

Em 2006, os fumantes eram 15,6% da população, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Os homens ainda fumam quase duas vezes mais do que as mulheres, diz a pesquisa. Entre os homens, a porcentagem de fumantes em 2018 foi de 12,1%. Já a parcela de mulheres fumantes, 6,9%.

A redução do hábito de fumar entre mulheres foi de 44% no período de 12 anos.

Os jovens tendem a fumar mais do que os mais idosos. Entre as pessoas com 18 a 24 anos, a proporção de fumantes chega a 6,7%. Entre aqueles com mais de 65 anos, os que fumam são 6,1%.

Porém, a maior parte dos fumantes está mesmo entre as pessoas com idade de 55 a 64 anos, cujo índice é de 12,3%.

O estudo também mostra que os menos escolarizados são os que mais fumam: 13% dos entrevistados com até 8 anos de escolaridade dizem ser fumantes. O menor percentual de fumantes está entre os que tiveram oportunidade de estudar por 12 anos ou mais (6,2%).

*G1

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