Ex-secretário de Wagner pode ser alvo da PF por relações com Cesare Battisti
A Polícia Federal continua a procura do italiano Cesare Battisti, considerado foragido desde a semana passada. Na semana passada, agentes da PF estiveram em Salvador com alvo em um ex-secretário do governo Jaques Wagner. Ele foi citado em depoimentos durante na 56ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal deflagrada no fim do mês de novembro. O ex-gestor teria fortes ligações com Cesare Battisti.
A Operação Torre Pituba investiga superfaturamento no processo de construção da sede da Petrobras, em Salvador. Segundo o MPF, a construção, orçada em R$ 320 milhões, custou quase R$ 1,2 bilhão.
Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux determinou a prisão de Battisti atendendo a um pedido da Interpol. No dia seguinte, o presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição do italiano.
A defesa do italiano recorreu ao STF e reiterou o pedido para que ele não seja extraditado. Segundo a Polícia Federal, Battisti é considerado foragido.
Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1993 sob a acusação de cometer quatro assassinatos na Itália em 1970.
Cesare Battisti fugiu da Itália, viveu na França e chegou ao Brasil em 2004. Ele foi preso no Rio de Janeiro em março de 2007 e, dois anos depois, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio.
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