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Haddad diz que subida de Bolsonaro se deve a mentiras no WhatsApp

Haddad diz que subida de Bolsonaro se deve a mentiras no WhatsApp
Foto: ClĂĄudio Kbene/ Fotos PĂşblicas
O candidato Fernando Haddad (PT) atribuiu, na manhã desta quarta-feira (3), a subida de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas de intenção de voto à onda de informaçþes inverídicas, de acordo com ele, propagadas no aplicativo WhatsApp.

O petista, que ocupa a segunda colocação na disputa eleitoral, declarou que pessoas de boa fĂŠ estĂŁo sendo confundidas. Em entrevista a uma rĂĄdio de Pernambuco, Haddad adotou um tom diferente e partiu para o ataque. Disse que WhatsApp era coisa de covarde e nĂŁo de polĂ­tico sĂŠrio. 

Haddad reconheceu que a campanha petista nĂŁo conseguiu atĂŠ agora correr atrĂĄs das mentiras propagadas com eficiĂŞncia porque ĂŠ bastante difĂ­cil. Falou em jogo de gato e rato.

"São milhões de mensagens mentirosas por dia e faz uma semana que isso vem acontecendo. É muito difícil conter essas mentiras porque, por exemplo, o Twitter é público, o Facebook é público, o YouTube é público. No WhatsApp, não tem como correr atrás com a mesma eficiência", afirmou.

Diferente da estratĂŠgia que vinha adotando, de nĂŁo entrar em confronto com os adversĂĄrios, Haddad desafiou Bolsonaro.

"Se ele fosse valente como diz que ĂŠ, ele enfrentaria olho no olho." 

O petista ressaltou que seu principal adversårio mente nas redes sociais. "Ele estå falando coisas contra a família brasileira, contra a escola pública brasileira, acusando as professoras de, nas escolas, tratar de temas com crianças pequenas sobre sexualidade. Fazendo coisas que são a maior baixaria do mundo."

BANCOS

Na entrevista, Fernando Haddad destacou que vai usar a lei para enquadrar os bancos num eventual governo petista. "Os bancos vĂŁo ter que ser enquadrados. Os juros que eles estĂŁo cobrando hoje nĂŁo existem em nenhum lugar do mundo. SĂł para vocĂŞ ter uma ideia, os juros que os bancos cobram no Brasil ĂŠ quatro vezes maior do que a mĂŠdia internacional", salientou.

O petista explicou que regras vĂŁo ser introduzidas pelo Banco Central. "Os bancos estĂŁo ao lado de Bolsonaro e eu entendo porque eles querem ganhar dinheiro com a especulação. Os bancos vĂŁo sentar Ă  mesa comigo, mas ĂŠ para negociar a redução dos juros", disse. 

JOSÉ DIRCEU
Questionado sobre qual seria a participação de JosĂŠ Dirceu no governo se ganhasse as eleiçþes, Haddad respondeu rĂĄpido. "Nenhum papel para ficar bem claro. NĂŁo hĂĄ nenhum papel", repetiu. 

Hå uma semana, em entrevista ao jornal El País, Dirceu afirmou que, numa possibilidade de o PT ganhar as eleiçþes e não conseguir assumir a Presidência, o partido tomaria o poder.

Condenado duas vezes em segunda instância com penas que juntas somam mais de 39 anos de pena, Dirceu foi solto após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e responde aos processos em liberdade desde junho.

Em relação a uma possível participação de Lula no governo, Haddad declarou que nunca deixará de ouvir o ex-presidente. "O Lula é o maior estadista da história desse país. É a pessoa que mais projetou o Brasil no mundo por boas razões."

O ex-prefeito de SĂŁo Paulo disse acreditar na liberdade de Lula antes de tomar posse. "O presidente vai ser Fernando Haddad, mas eu jamais vou me negar a conversar com o ex-presidente Lula e eu espero que, atĂŠ minha posse, ele jĂĄ tenha sido absolvido. O recurso dele subiu pra BrasĂ­lia e vĂŁo reparar o erro gravĂ­ssimo que cometeram contra ele", respondeu.

Ao ser questionado sobre se a Venezuela era uma democracia, o candidato petista afirmou que iria usar a liderança brasileira para mediar conflitos. "Não devemos entrar em guerra com nossos vizinhos em nenhuma hipótese. Não devemos tomar partido."
Folhapress

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